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Espírito Santo

Cooperativas conhecem mais sobre os cenários e tendências da economia capixaba

Tema foi abordado na palestra ministrada pelo empresário e apresentador de TV Ricardo Frizera, durante o evento ES Coop para o Futuro


22/08/2025 11:47 - Por Renan Chagas
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Ricardo Frizera, diretor-executivo da área de Research da Apex e apresentador do programa de TV Mundo Business. Foto: Sistema OCB/ES

O empresário, diretor-executivo da área de Research da Apex e apresentador do programa de TV Mundo Business, Ricardo Frizera, integrou a programação do segundo dia (22/8) do evento ES Coop para o Futuro, realizado pelo Sistema OCB/ES com o apoio do Sebrae/ES. O profissional ministrou a palestra “Cenários e tendências da economia capixaba”.

Frizera trouxe um histórico da economia no país. Ele explicou que, nos últimos anos, o governo federal começou a fazer déficits no orçamento, com as dívidas aumentando de novo. Em 2023 e 2024, a dívida chegou até o patamar da pandemia. “Quanto mais dívidas, mais risco. Isso serve para os negócios e para o governo. Quanto mais risco, câmbio mais valorizado, mais inflação e mais juros”, disse.

Apesar desse cenário, ele mostrou que alguns estados, como Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Espírito Santo, têm apresentado crescimento acima da média nacional. Eles são chamados de “onças brasileiras” por crescerem de forma consistente, combinando equilíbrio fiscal e dinamismo econômico.  

“Caso formassem um país, as onças brasileiras teriam crescido, no último ano, mais que a China, só perderiam para a Índia. Ou seja, existem dois Brasis: o das onças, que está crescendo em ritmo aceleradíssimo, 6,6%, mais do que o dobro do que o país cresce; e o país da média. Nós precisamos entender onde queremos estar nesse Brasil”, continuou.

Olhando para o Espírito Santo, o palestrante explicou que o estado tem duas variáveis que contribuem para que seja uma potência. “O crescimento do nosso PIB tem sido acima da média nacional. Nos últimos 20 anos, ele cresceu quase 20% acima da média nacional. Além disso, a nossa taxa de desocupação também está abaixo da nacional, apenas 3,1%, contra 5,8% da média do país”, seguiu. 

Para o empresário, um dos pontos que explicam o “boom” desses estados que têm se destacado economicamente é o agronegócio e a agroindústria, por ser o único segmento que apresenta aumento consistente de produtividade por conta da ampliação do uso da tecnologia. Nesse contexto, ele classificou o Brasil como “o Vale do Silício da tecnologia voltada ao agro”.

“Esse movimento está diretamente ligado ao papel do cooperativismo, que sustenta e organiza boa parte da produção agropecuária brasileira. Basta olhar o exemplo do Paraná: em 2025, o cooperativismo paranaense deve faturar cerca de R$ 220 bilhões, equivalente ao PIB do Espírito Santo. É um setor que se modernizou, se diversificou e hoje figura entre os protagonistas do crescimento nacional”, pontuou.

Ao final, Frizera deu dicas de segmentos e ações para que o estado evite os “voos de galinha”. Ele sugeriu a continuidade e aceleração de caminho das concessões e privatizações em áreas como saneamento, portos e rodovias; investimento no turismo; foco na inovação; e investimento em energias renováveis, aproveitando o fato de o Brasil possuir uma das matrizes mais limpas do mundo, com 89% de fontes renováveis.

Para o empresário e apresentador, o Espírito Santo tem diante de si uma janela de oportunidade rara: continuar sendo exemplo de equilíbrio fiscal e crescimento acima da média, enquanto se projeta como líder em logística, turismo, qualidade de vida, inovação e energia limpa. “Esse é o caminho para transformar os bons indicadores atuais em um ciclo sustentável de prosperidade para as próximas décadas”, concluiu. 


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Fonte: Sistema OCB/ES

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