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Espírito Santo

Agro vê crescimento de empregos em 2022, mas informalidade também segue em alta

Todos os trabalhos do campo tiveram alta, mas em especial o informal


24/03/2023 14:05 - Por Stefany Sampaio
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No terceiro trimestre de 2021, 8,818 milhões de pessoas estavam ocupadas em atividades do campo. Esse número representa uma alta de 9,5% em relação a igual período de 2020, guiado pelo bom desempenho das lavouras de grãos, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq-USP e do IBGE. Com isso, todos os tipos de trabalho tiveram alta, mas em especial o informal.

AS CARACTERÍSTICAS DO TRABALHADOR DO CAMPO

Hoje, segundo dados do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da FGV, os trabalhadores do campo representam cerca de 12% da mão de obra brasileira. Por outro lado, mesmo com o aumento do nível de emprego, os rendimentos do trabalhador do campo sofreram uma retração de 3%, graças a corrosão do poder de compra promovido pela inflação.

Dentro do setor, a mão de obra está majoritariamente alocada na agricultura, com 62,1% do total de trabalhadores. Em seguida, encontram-se pecuária (28,4%), pesca (5,3) e as florestas (4,2%). Além disso, 44,4% se declaram por conta própria, 22,7% sem carteira assinada e 17,3% com carteira assinada.

Vale destacar que, segundo a Cepea-Esalq/USP, 50% desses trabalhadores possuem ensino fundamental incompleto, 19,7% com médio completo e 10,4% com o fundamental completo. Sem instrução (8%), médio incompleto (7,5%), superior completo e incompleto (1,4% cada) completam a análise preliminar do grau de instrução.

RECUPERAÇÃO DO EMPREGO E PERSPECTIVAS PARA 2022

Por um lado, a recuperação de empregos no agro em 2021 reflete a retomada em relação à pandemia no ano passado e as altas nos preços das commodities agrícolas no mercado internacional. Assim, se comparado ao terceiro trimestre de 2020, houve altas em todos os setores. Na agricultura, o nível de emprego cresceu 9,8%, na pecuária 8,8% e na produção florestal e nas demais lavouras uma evolução de 40% e de 11,1%, respectivamente.

Já para 2022, o Cepea mantém as projeções de crescimento do emprego no campo, em razão da manutenção das boas perspectivas para a colheita de grãos no país e aos preços favoráveis das principais commodities que o Brasil produz e comercializa no mercado global. Espera-se que a safra de grãos 2021/22 deve aumentar 15,1% em relação ao ciclo anterior e que o faturamento avance em 4,5%, segundo o Ministério da Agricultura.

Contudo, fica o alerta para o elevado nível de desemprego a nível nacional e para a inflação, que podem corroer o poder de compra dos trabalhadores do campo, mesmo em meio a alta no nível de empregos.

Fonte: Agro Business

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